Venda de condicionador da Turma da Mônica é suspensa em São Paulo
Agência Estado - 21/01/2009 - 15:56 (atualizada em 21/01/2009 15:59)
Empresa responsável pelo produto afirma que cosmético não é inadequado; talco cremoso da mesma linha foi suspenso na sexta-feira (16)
A Secretaria da Saúde de São Paulo determinou nesta quarta (21) a interdição e recolhimento de 10 mil unidades do condicionador infantil da Turma da Mônica. Análise do Centro de Vigilância Sanitária constatou que uma amostra do produto tem pH mais baixo do que o registrado em sua fórmula, ou seja, é mais ácido do que deveria. Os condicionadores interditados são do lote 8057, com vencimento em fevereiro de 2010.
Esse é o segundo produto da Turma da Mônica interditado em menos de uma semana por problemas de acidez. Na sexta-feira, a secretaria determinou que a fabricante, a Lipson Cosméticos, recolhesse o lote 7226 do talco cremoso da mesma linha. A medida foi considerada preventiva, para evitar que haja riscos à saúde dos consumidores.
Teste
A fórmula do condicionador prevê valores de pH entre 5,5 e 6,5. A amostra analisada teve pH médio de 5,25, mais ácido que deveria. A Secretaria recomenda que o uso do produto seja suspenso. Caso o consumidor queira devolver ou trocar o condicionador, deve procurar o fabricante ou os órgãos de defesa do consumidor, como a Fundação Procon.
Resposta
A Kimberly-Clark Brasil, empresa que tem os direitos de comercialização dos produtos infantis da Turma da Mônica, divulgou nota explicando que os produtos talco cremoso e o condicionador da Turma da Mônica, realmente possuem diferença entre o pH registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2007.
Segundo a nota, a diferença apurada é mínima e não torna o produto inadequado ao consumo, visto que não causa nenhum prejuízo à saúde, conforme resultados de testes emitidos pela Medlab - Laboratório de Análises Cientificas e Allergisa Pesquisa Dermato-Cosmética Ltda.
Para a empresa, não há a necessidade de recall envolvendo os produtos, já que não foi registrada nenhuma reclamação de consumidores e o registro dos produtos junto à Anvisa já foram atualizados pela empresa. A Kimberly-Clark e a Lipson Cosméticos, fabricante dos produtos, estão retirando os lotes junto a seus clientes por medida preventiva e estão empenhadas em regularizar a situação.
A Secretaria irá notificar a Vigilância Sanitária Municipal de Diadema, onde fica a sede do fabricante, para que faça uma inspeção na fábrica e verifique todas as etapas da produção dos produtos. Se o problema já constatado não for pontual, a empresa poderá ter todos os lotes interditados.
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